Josaldo matou um homem. Agora aguardava, no escritório do delegado, pelo próprio delegado, que via através das persianas abertas e do vidro das janelas, equilibrando nas mãos uma xícarazinha de café. Esquivou de uns tantos policiais, encolhendo a barriga o máximo que conseguia, que não era muito, para serpentar pela delegacia sem derrubar pilhas de papéis, telas de computador e ocasionais...
Peidaram. Peidaram em mim hoje.
O que me deixa indignada não é nem o peido. Pô, o negócio vem, não tem muito o que fazer. Sai assobiando, derrapando, respingando, não importa. O que me tira do sério é a pessoa não levantar a bunda. Porra. Peidou, ergue a busanfa pra circular o escorraço que saiu de dentro de você, não fica guardando que nem galinha guarda ovo, liberta pro mundo, rem...
- Ahhh!
- O que foi?
- Você fala?
- "Você fala?" Ah, claro. Vocês, humanos, são os únicos que podem falar. São os seres pensantes, que governam o mundo com máquinas e dedos opositores. Os bambambãs. Grande merda aqui na floresta, sozinho e ferrado, certo?
- Onde a gente tá? Que ilha é essa?
- É a ilha das fadinhas. Elas cantam musiquinhas bonitas, fazem cafuné, atendem seus pedido...