O mistério se confunde (3) [#156]

 ___algum lugar da Europa, junho de 1911___

Desta vez o dicionário não estava na barriga, e sim na batata da perna esquerda. O assassino conjurou disciplina e frieza para talhar o buraco, escavar os músculos, serrar o osso, plantar o livro e costurar. Harkinen presumia ser médico ou enfermeiro; o acesso a materiais hospitalares deste episódio e do anterior corroboravam isso. Novamente, tr...

 

O mistério ganha corpo (2) [#155]

 ___algum lugar da Europa, maio de 1911___

Harkinen averigou a cena do crime e levou o dicionário para casa. Depois de um longo banho para se desinfetar da sujeira das ruas revisou as informações coletadas.

O rapaz não foi assassinado no local e sim desovado, sem mancha alguma de sangue à vista; um grande hematoma no peito e os dedos da mão direita esfolados indicavam briga; era um es...

 

O mistério se inicia (1) [#154]

Dizem que não há uma única palavra no dicionário cuja gama total de significados seja verdadeiramente destrinchada. É uma impossibilidade física e temporal; não haveria espaço para abranger essa quantidade quase infinita de páginas (ignoremos computadores e outros adventos tecnológicos inventados décadas após a conclusão desta história) e tampouco dias, meses e anos para levar a tare...

 

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